domingo, 13 de fevereiro de 2011

As Tripas á moda do Porto

  As Tripas á moda do Porto é, obviamente, um prato tipico do Porto, é um prato muito curioso pois a sua historia remota a época dos descobrimentos.
  O prato surgiu quando em 1415 o Infante D.Henrique, precisando de abastecer as Naus para a tomada de Ceuta, comandada pelo Rei D. João I, pediu á populaçao do porto para fornecer todo o tipo de carnes  conservando-as em sal, para que ficassem em boa condição durante a expedição. Este acontecimento levou a que o povo do Porto fica-se apenas com as miudezas e as tripas, forçando os portuenses a criar alternativas para a sua alimentaçao e assim surgiram as "Tripas á moda do Porto" prato que permanece até hoje como um dos pratos mais caractristicos na gastronomia do Porto. Prato de tal forma caractristico que desde então deu aos portuenses a sua alcunha de tripeiros.



Tripas à Moda do PortoDo Livro - Cozinha Tradicional Portuguesa
Da Editorial Verbo




Ingredientes:
Para 10 pessoas
  • 1 kg de tripas de vitela (compreendendo livros ou folhos, favos e a touca)
  • 1 mão de vitela
  • 150 grs de chouriço de carne
  • 150 grs de orelheira
  • 150 grs de toucinho entremeado ou presunto
  • 150 grs de salpicão
  • 150 grs de carne da cabeça de porco
  • 1 frango ou meia galinha
  • 1 kg de feijão manteiga
  • 2 cenouras
  • 2 cebolas grandes
  • 1 colher de sopa de banha
  • 1 ramo de salsa
  • 1 folha de louro
  • sal
  • pimenta
Confecção:
Lavam-se as tripas muito bem e esfregam-se com sal e limão.
Cozem-se em água com sal.
Limpa-se a mão de vitela e coze-se.
Noutro recipiente cozem-se as restantes carnes e o frango.
Estas carnes retiram-se à medida que vão estando cozidas.
Coze-se o feijão, que já está demolhado, com as cenouras às rodelas e uma cebola aos gomos.
Pica-se uma cebola e «estala-se» numa colher de banha.
Juntam-se todas as carnes cortadas em bocados (incluindo as tripas, frango, enchidos, etc.).
Deixa-se apurar um pouco e introduz-se o feijão.
Tempera-se com sal, pimenta preta moída na altura, o louro e a salsa.
Deixa-se apurar bem.
Retira-se a salsa e serve-se em terrina de porcelana ou de barro, polvilhado, segundo o gosto, com cominhos ou salsa picada e acompanhado com arroz branco seco.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

José Carlos Pereira Ary dos Santos

  O poema que abaixo apresento é de José Carlos Pereira Ary dos Santos, um grande poeta que na minha opinião deveria ser muito mais falado pois,- e volto a citar- na minha opinião, é um poeta que escreveu poemas fenomenais. Para os interessados a sua biografia está no Wikipédia. Apenas digo que o escritor tem muitos poemas magníficos que depois de o senhor falecer terão sido adaptados para musicas, um dos quais aqui vou apresentar abaixo, juntamente com com um link da interpretação musical de Mafalda Arnauth, uma das fadistas que mais admiro.


Cavalo á Solta 

Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve, breve
instante da loucura

Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa

Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo

Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.

Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo

Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura


Poema retirado de: http://www.luso-poemas.net/


Interpretação por Mafalda Arnauth: http://www.youtube.com/watch?v=4c3O1lEXhKo